A prestação de contas eleitorais pelos candidatos nas eleições
deste ano deve estar mais próxima da realidade que a Justiça Eleitoral deseja.
A expectativa é do Conselho Federal de Contabilidade (CFC), uma vez que, em
2014, os profissionais de contabilidade entraram no trâmite eleitoral
brasileiro. Eles assinam as prestações de contas de candidatos à presidência da
República, Senado, câmaras Federal e Distrital, governo dos Estados,
Assembleias Legislativas, além de partidos políticos e de comitês financeiros.
"O nível de apresentação dos dados e das informações e, por
certo, do resultado dos relatórios que estão sendo apresentados ao Tribunal
Superior Eleitoral (TSE) está mais próximo da realidade que a justiça eleitoral
almeja", acredita o conselheiro do CFC, contador Joaquim Alencar Bezerra
Filho. Segundo ele, a principal garantia com a participação dos contadores é a
de que todos os registros estarão adequados aos princípios contábeis e
tempestivamente informados à justiça, já que o processo é dinâmico.
Ao profissional da contabilidade coube nas prestações parciais,
realizadas em agosto e setembro, o processo de registro e controle dos atos e
fatos praticados pelos candidatos e administradores financeiros. "O nosso
papel é fazer a manutenção da ordem e a classificação das receitas arrecadadas
e dos gastos realizados ao longo do processo eleitoral, bem como a salvaguarda
quando da orientação aos candidatos sobre os riscos e as impossibilidades do
uso de recursos de origem não identificadas ou de fontes vedadas", explica
Joaquim Alencar.
Dados do CFC informam que aproximadamente 15 mil profissionais
contábeis participaram do trâmite eleitoral deste ano, mas o Conselho capacitou
mais do que o dobro - 35 mil - por meio do Sistema CFC/CRCs, que inclui os
conselhos regionais da profissão. Foram realizados mais de 100 eventos em todo
o País, entre seminários, palestras e cursos, além da distribuição de mais de
10 mil edições do livro Partidas Dobradas, que funciona como uma espécie de
manual para orientação.
A prestação final de contas ocorrerá em 4 de novembro, para
todos os candidatos que não concorrerem ao segundo turno e os partidos
políticos, incluídas as contas dos respectivos comitês financeiros; e 25 de
novembro para candidatos e partidos políticos, ainda que coligados, incluídas
as contas dos respectivos comitês financeiros, que disputarem o segundo turno.
Até lá, os próximos passos do Conselho Federal de Contabilidade,
que representa meio milhão de profissionais em todo o Brasil, é apresentar um
balanço das atividades realizadas, unir forças ao TSE na elaboração de normas
que competem o assunto, sugerir alterações em nomenclaturas contábeis e
contribuir no entendimento da análise contábil dos fatos e atos das prestações.
Para o presidente do CFC, José Martonio Coelho, a contribuição
nas eleições reforça o papel do profissional como agente de proteção da
sociedade. "Agora, queremos ampliar a nossa participação no processo
eleitoral e nos aproximar, cada vez mais, do TSE, na elaboração de normas e discussões
sobre a legislação em vigor, com o propósito de promover a melhoria e adequação
da mesma linguagem contábil e aos interesses da sociedade".
Segundo ele, "tudo isso trará mais tranquilidade aos
brasileiros, de que as informações estarão sistematizadas em uma metodologia
única e de fácil linguagem".
Fonte: Conselho Federal de Contabilidade
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